quarta-feira, 23 de abril de 2008

Oficina do conto

Se um dia me perguntarem a coisa que mais curti fazer, depois de ler e escrever, além de amar, claro, posso dizer: falar da paixão pela literatura. Por isso, uma maior atenção que dou às oficinas que por aqui aparecem. E a chance de trocar idéias com um escritor que gostamos.
Nestes dias, Marçal Aquino em João Pessoa. Autor de renome, tem livros de contos, assina roteiro de filmes e lançou recentemente um romance: Eu lerei as piores notícias dos teus lindos lábios. Sua oficina do conto é despojada, direta e pé no chão: nada de fórmulas milagrosas. Ele estabelece, isso sim, um bom papo de quem entende do que faz. Afinal, esmiúça o fazer literário dele, conversa e dá o recado sobre o conto, explicita suas paixões por autores (Hemingway, Rubem Fonseca) e técnicas (uma delas, o diálogo), e deixa claro sua abertura para descobrir novos textos.

Falarei mais a respeito ao correr desta oficina.
Junto comigo, o pessoal do Clube do Conto, do qual faço parte.

terça-feira, 8 de abril de 2008

A trégua

Leituras em atraso. A melhor coisa a se fazer, ao menos aqui, é citar, relembrar, para não perder o costume, do meu hábito mais consciente e encantatório: o de descobrir obras que me descortina as possibilidades do prazer da linguagem. Um pequeno prazer, ao menos: encontrar nestas edições de banca obras que seguramente não fazem feio como exigência de um mínimo de inovação e dessa literatura fora do cânone. Destaco o que leio nos intervalos entre a casa e o meu trabalho: o escritor uruguaio Mario Benedetti, com o seu A Trégua, um romance em forma de diário e cujo personagem, Martín Santomé, prestes a se aposentar, vive uma experiência com uma bela e encantadora jovem, Laura: resta saber se será uma trégua ou uma redenção.

É costume meu ler um tanto de coisas, mas o formigamento está controlado. Tenho apenas como uma torre de pisa uns tantos livros e autores: Kadaré, Kafka, uns romances policiais, um Borges sobre poesia e os contos de Kawabata. Foi por acaso esse monte de Kas. Quando cismo, também leio Amanda K. Em blog.